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  • Foto do escritorDéborah Camacho

O Começo de tudo: O Centro da Cidade.



As cidades crescem em volta deste ponto por décadas e é para esta região que há muitos anos, as pessoas se mudaram, se estabeleceram, negociaram e sonharam com a expansão e prosperidade da cidade onde vivemos hoje.

Cada rua desta, teve suas calçadas pisoteadas por milhares de pés que iam à escola, às vendas, aos cafés, cassinos, bibliotecas e cinemas. Estas esquinas contêm fechamentos de grandes negócios, exalam a felicidade dos amigos que faziam serenatas nas janelas das moças e contam, também, o encontro do casal apaixonado que viu no retratista de rua, a oportunidade de ter esse amor eternizado por pinceladas de tinta. É no Centro da Cidade que as pessoas viveram histórias e construíram lembranças que têm cheiro, formato, textura, emoção, gosto e também endereço.

Talvez, o único lugar onde as pessoas ainda caminhem a pé e onde todas as idades, classes e culturas se misturem. Lugar onde as pessoas contrariam a nova ordem, fazendo questão em saber seu nome e de dizer “Bom Dia”. Onde as prosas correm soltas e as pessoas fazem questão de perder um tempinho explicando onde é que você vai encontrar tal produto ou e tal serviço, sem receio algum de indicar a concorrência.

Ao mesmo tempo em que contrasta, une gerações e realidades. Absorve inevitavelmente, todo o aprendizado vivido em décadas: nos balcões, em protestos, nos museus e teatros, nas carriolas de frutas, nas belezas de suas construções, nas tristezas de suas demolições e na luta alegre dos artistas que tomam, todos os dias, as suas ruas.

O Centro foi e sempre será a raiz de toda grande cidade. Ele ilustra a solidez de seu crescimento e dita a modernidade sem perder as boas tradições. Nutri todo o desenvolvimento do restante da cidade, valoriza e expõe brutalmente a sabedoria e amadurecimento de seus cidadãos.

Conhecer o Centro da Cidade é conhecer a história desta comunidade e aprender com ela. E para que esta experiência seja real e completa, é preciso ter o coração aberto, um olhar atento ao outro e estar completamente disponível para bate-papos incríveis no mais saudoso modo: olho no olho. Tudo isso, por que não existe lugar mais diverso, plural e democrático que o Centro da Cidade, onde a simplicidade é o auge da sofisticação.

(por Déborah Cavalcante)



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